O poder feminino no mundo do marketing online e tecnologia

Mulheres estão assumindo papéis de liderança em todo o mundo e em diversas áreas antes conhecidas pela dominância dos homens. Embora elas ainda detenham a menor parte das posições de liderança — segundo o IBGE, em 2019, 37,4% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres — sua influência é inegavelmente grande. Também é possível notar mais empresas empenhadas em criar políticas internas que visam melhorar o índice de igualdade salarial, inclusão e liderança feminina

A Admitad Affiliate Brasil, que também apoia a igualdade de gênero, quer celebrar empreendedoras e líderes visionárias e corajosas do mercado de marketing online e tecnologia. Separamos 5 perfis de mulheres fortes (pleonasmo) para você conhecer e se inspirar.

Carolina Moreno

Carolina não exerce apenas o cargo de business development na Adobe, mas também é fundadora do Mulheres no E-commerce, o maior movimento de mulheres digitais do Brasil. Desde a fundação em 2017, a causa atualmente conta com uma comunidade de mais de 1.500 mulheres participantes, 50 voluntárias que atuam em diversas vertentes do movimento e 31 mentoras que são influenciadores do ecossistema digital no país.

Em entrevista para o E-commerce Brasil, Carol menciona sobre a crescente participação das mulheres no mercado nos últimos anos, porém que esse movimento ainda é tímido, devido às barreiras que continuam a existir para ganhar representatividade. Como uma forma de mitigar essa questão, Carol diz que as mulheres devem ser mais ouvidas, “Para ganharem mais representatividade, elas precisam falar, dar palestra, ministrar um curso”. A fundadora ainda comenta sobre sororidade: “Qualquer mulher pode olhar para a colega ao lado e enaltecer seu trabalho”, declara Carol.

Christiane Silva Pinto

Ativista e profissional de Comunicação formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Após trabalhar no Google Brasil como recrutadora por 6 anos, Christiane agora gerencia o marketing de produtos da empresa. Ela também é fundadora do comitê AfroGooglers, palestrante do TEDx, foi eleita Forbes Under 30 em 2020 e também é membro do Conselho do RenovaBR e da Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo.

“Nada diferente pode sair se continuarmos fazendo tudo igual”, disse a ativista em entrevista. Recentemente, chocochris, como é conhecida nas redes sociais, participou da iniciativa BlackChain, uma feira promovida pela Google em parceria com o Potencial Negras, que se propõe a conectar talentos negros do marketing digital com oportunidades em algumas das maiores agências de publicidade do Brasil. 

Nina Silva

Nina atua na área de Tecnologia da Informação há mais de 20 anos, é CEO do Movimento Black Money & D’Black Bank, fintech que conecta consumidores a empreendedores negros, fornecendo uma série de serviços financeiros 100% digitais. É considerada uma das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, pela Most Influential People of African Descent. Também é TOP Voice LinkedIn e SAP Influencer Market.

Após ser premiada como Mulher Mais Disruptiva do Mundo de 2021 pela Women in Tech, em entrevista para a Ecoa, Nina comenta: “A tecnologia não é um novo mundo. O novo mundo somos nós — e, como nós, nos empenhamos na possibilidade de transformar vidas, usando a tecnologia como instrumento”.

Sheryl Sandberg

Sheryl Sandberg está à frente das operações do Meta (antigo Facebook) desde 2008, ajudando a aumentar drasticamente a receita da empresa. Em junho de 2012, ela foi eleita para o conselho de administração do Meta, tornando-se a primeira mulher a servir no conselho. 

Em 2010, no palco do TED, Sheryl analisa por que menos mulheres do que de homens alcançam o topo de suas profissões – e oferece 3 conselhos poderosos para mulheres que buscam se manter e crescer no mercado de trabalho:

1. Sente-se à mesa: dados mostram que as mulheres subestimam sistematicamente suas próprias habilidades. Isso importa, pois ninguém se sentará no centro da mesa, ninguém receberá uma promoção ou visibilidade, se não acreditarem que merecem seu sucesso e reconhecimento.
2. Faça do seu parceiro um parceiro de verdade: Pesquisas apontam que famílias com filhos nas quais ambos os pais trabalham, são as mulheres que se encarregam de mais da metade das tarefas domésticas. Além disso, a pressão do sucesso é ser mais forte para os homens, sendo necessário igualar a importância das duas diferentes funções, trabalho dentro e fora de casa, independente de gênero.
3. Não saia antes de sair: Dados mostram que quando uma mulher começa a pensar em ter filhos, ela automaticamente começa a planejar espaço e tempo para isso. A partir daí, planos de promoções e expectativas de crescimento profissional são colocados em espera. “Não tome decisões com muita antecedência, principalmente as que você não está nem consciente de que está fazendo”, diz Sheryl.

É claro que essas não são respostas simples ou tarefas fáceis, mas são conselhos valiosos para compartilharmos. Assista ao vídeo completo.

Bia Granja

Cofundador e CCO da YOUPIX, consultoria de negócios para a economia de influência, é conhecida como a maior especialista em influência digital do país. Em 2019, o LinkedIn a elegeu como uma das pessoas mais influentes da plataforma. No mesmo ano, Bia foi jurada na categoria Social & Influence do Festival de Cannes, o maior evento de publicidade do mundo. 

Com mais de 15 anos no mercado, Bia assina diversos conteúdos relevantes sobre marketing de influência na internet. Ela é frequentemente convidado para palestrar em eventos no Brasil e no exterior (MIT, TEDx, etc.), trabalha como fonte para inúmeras empresas de mídia e pesquisa e presta consultoria para algumas das marcas mais importantes do Brasil (Unilever, P&G, Google, Facebook, Bradesco , Magazine Luiza, Spotify, etc).

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As mulheres listadas neste artigo e tantas outras são responsáveis ​​pela grande mudança na percepção de que o avanço na indústria do marketing digital é impulsionado por homens. Elas impulsionam o avanço e a disrupção – e são modelos inspiradores para milhares de outras mulheres.

A maneira como as mulheres lideram a mudança varia, mas elas compartilham uma característica fundamental: desafiam estruturas e papéis estabelecidos e priorizam a independência financeira e social para si mesmas e para os negócios que criam.